Material sobre TERMOS DA ORAÇÃO

quinta-feira, 18 de julho de 2013

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Queriiiidos e queriiiidas,

Segue o material que eu falei, de forma mais resumida e mais objetiva, espero que sirva de ajuda nos estudos de vocês. Acredito ser melhor a cópia do material no caderno, ao invés da impressão, pois a medida que se copia também se aprende.

Lembre-se sempre: estudar nunca é demais!

TERMOS DA ORAÇÃO
(fonte: Só Português - site)

Estrutura da Frase
As frases que possuem verbo são geralmente estruturadas a partir de dois elementos essenciais: sujeito epredicado. Isso não significa, no entanto, que tais frases devam ser formadas, no mínimo, por dois vocábulos. Na frase "Saímos", por exemplo, há um sujeito implícito na terminação do verbo: nós.
sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo em número e pessoa. É normalmente o "ser de quem se declara algo", "o tema do que se vai comunicar".
predicado é a parte da frase que contém "a informação nova para o ouvinte". Normalmente, ele se refere ao sujeito, constituindo a declaração do que se atribui ao sujeito. É sempre muito importante analisar qual é o núcleo significativo da declaração: se o núcleo da declaração estiver no verbo, teremos um predicado verbal(ocorre nas frases verbais); se o núcleo da declaração estiver em algum nome, teremos um predicado nominal(ocorre nas frases nominais que possuem verbo de ligação).
Observe:
O amor é eterno.
O tema, o ser de quem se declara algo, o sujeito, é "O amor". A declaração referente a "o amor", ou seja, o predicado, é "é eterno". É um predicado nominal, pois seu núcleo significativo é o nome "eterno". Já na frase:
Os rapazes jogam futebol.
O sujeito é "Os rapazes", que identificamos por ser o termo que concorda em número e pessoa com o verbo"jogam". O predicado é "jogam futebol", cujo núcleo significativo é o verbo "jogam". Temos, assim, um predicado verbal.

Oração
Uma frase verbal  pode ser também uma oração. Para isso é necessário:
- que o enunciado tenha sentido completo;
- que o enunciado tenha verbo (ou locução verbal).
Por Exemplo:
Camila terminou a leitura do livro.
  Obs.:  Na oração as palavras estão relacionadas entre si, como partes de um conjunto harmônico: elas são os termos ou as unidades sintáticas da oração. Assim, cada termo da oração desempenha uma função sintática.

Atenção:
Nem toda frase é oração.
Por Exemplo:
Que dia lindo!
Esse enunciado é frase, pois tem sentido.
Esse enunciado não é oração, pois não possui verbo.
Assim, não possuem estrutura sintática, portanto não são orações, frases como:
Socorro!  -  Com Licença!  -  Que rapaz ignorante!  
A frase pode conter uma ou mais orações. Veja:
Brinquei no parque. (uma oração)
Entrei na casa e sentei-me. (duas orações)
Chegueivivenci. (três orações.

OS TERMOS DA ORAÇÃO SÃO 3: ESSENCIAIS, INTEGRANTES E ACESSÓRIOS; CONFIRAM TODOS ABAIXO:


TERMOS ESSENCIAIS: base da oração;

Sujeito e Predicado
Para que a oração tenha significado, são necessários alguns termos básicos: os termos essenciais. A oração possui dois termos essenciais, o sujeito e o predicado.
Sujeito: termo sobre o qual o restante da oração diz algo.
Por Exemplo:
As praiasestão cada vez mais poluídas.
Sujeito

Predicado: termo que contém o verbo e informa algo sobre o sujeito.
Por Exemplo:
As praiasestão cada vez mais poluídas.
Predicado

Posição do Sujeito na Oração
Dependendo da posição de seus termos, a oração pode estar:
Na Ordem Direta: o sujeito aparece antes do predicado.
Por Exemplo:
As criançasbrincavam despreocupadas.
SujeitoPredicado
Na Ordem Inversa: o sujeito aparece depois do predicado.
Brincavam despreocupadasas crianças.
PredicadoSujeito
Despreocupadas,as criançasbrincavam.
PredicadoSujeitoPredicado

Características do Sujeito:
I. Pode ser identificado através da pergunta "quem é que"... (ou "que é que"...), feita antes do verbo da oração
Que(m) é que + verbo? __ Resposta=sujeito
II. É substituível por ele(s), ela(s)
III. O verbo concorda com o sujeito.
Classificação do sujeito:
I. Simples: tem um único núcleo.
Exemplo: O velho navio aproximava-se do cais.

II. Composto: tem dois ou mais núcleos
Exemplo: As ruas e as praças estão vazias.
III. Oculto, elíptico ou desinencial: o sujeito pode ser identificado pela desinência do verbo ou pelo contexto em que aparece.
Exemplo: Voltarás para casa (sujeito: tu)

IV. Indeterminado: Quando não é possível determinar o sujeito. Com verbos na 3ª pessoa do plural sem referência a elemento anterior.
Exemplo: Atualmente, espalham muitos boatos.
Com verbo na 3ª pessoa do singular + se (em orações que não admitem a voz passiva analítica)
Exemplo: Precisou-se de novos professores.
Orações sem sujeito:
I. Verbo haver significando existir, acontecer e indicando tempo passado.
Exemplos:
Aqui já houve grandes festas.
Amanhã faz dez anos que ele partiu.
II. Verbo ser indicando tempo, horas, datas e distâncias.Exemplo: Agora são cinco e doze da tarde.
III. Verbos indicativos de fenômenos da natureza.
Exemplo: Ontem à tarde, ventou muito aqui.

O predicado é termo da oração que se refere diretamente ao sujeito, apresentando informações sobre este, e também possui um elemento principal (núcleo), sendo classificado de acordo com estes núcleos em três tipos: predicado nominal, predicado verbal e predicado verbo-nominal.

Predicado nominal

O predicado nominal é aquele onde o núcleo é um predicativo do sujeito, trazendo ainda um verbo de ligação que liga o sujeito a este predicativo.
Os estudantes estavam furiosos.
Vemos no exemplo que o verbo de ligação tem somente a função de unir sujeito (estudantes) e predicado (estavam furiosos). No entanto, o predicativo furiosos é o único termo que acrescenta informações importantes sobre o sujeito, sendo, portanto, o núcleo do predicado.

Predicado verbal

O predicado verbal tem como característica principal a presença de um verbo significativo (pode ser transitivo ou intransitivo) como núcleo.
Os manifestantes responderam às perguntas.
No exemplo acima, o verbo responder é a informação mais importante sobre o sujeito, sendo, por este motivo, o núcleo do predicado.

Predicado verbo-nominal

Classificamos um predicado como verbo-nominal quando ele apresenta como núcleo um verbo e também um predicativo do sujeito ou do objeto. Pode ser visto como uma união do predicado verbal e do predicado nominal.
  • O menino chegou cansado da escola.
  • O tribunal julgou inocente o réu.
Para ilustrar, nestes exemplos temos dois predicados verbo-nominais com os predicativos diferentes: o primeiro tem o verbo chegar com o predicativo cansado referindo-se e complementando diretamente o sujeito menino, sendo, portanto, predicativo do sujeito; o segundo tem o verbo julgar com o predicativo inocente, referindo-se e complementando, por sua vez, o objeto, sendo um predicativo do objeto.

TERMOS INTEGRANTES: auxiliadores da base;
LEMBREM-SE DA SIGLA: C-A-P
COMPLEMENTOS:
COMPLEMENTOS VERBAIS:
I. Objeto direto:
a) Funciona como destinatário/receptor do processo verbal.
b) Completa o sentido do verbo transitivo direto
c) Pode ser trocado por o, as, os, as.
d) 
A oração admite voz passiva.
Exemplo: Muitas pessoas viram o acidente
II. Objeto indireto:
a) Funciona como destinatário/receptor do processo verbal.
b) Completa o sentido do verbo transitivo indireto.
c) Apresenta-se sempre com preposição
d) A oração não admite voz passiva.
Exemplo: Todos discordam de você.

COMPLEMENTO NOMINAL

Complemento nominal:
a) Completa o sentido de nomes (substantivos abstratos, advérbios) de sentido incompleto.
b) Sempre com repetição.
Exemplo: Ninguém ficou preocupado com ele.

ADJUNTOS
ADJUNTO ADNOMINAL
a) Determina, qualifica ou caracteriza o nome a que se refere.
b) Pode se referir a qualquer termo da oração (sujeito, objeto, etc.)
Exemplo: As três árvores pequenas secaram.
ADJUNTO ADVERBIAL
É o termo da oração que indica uma circunstância (dando ideia de tempo, lugar, modo, causa, finalidade, etc.). O adjunto adverbial é o termo que modifica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de um advérbio. Observe as frases abaixo:
Eles se respeitam muito.
Seu projeto é muito interessante.
O time jogou muito mal.
Nessas três orações, muito é adjunto adverbial de intensidade. No primeiro caso, intensifica a forma verbalrespeitam, que é núcleo do predicado verbal. No segundo, intensifica o adjetivo interessante, que é o núcleo do predicativo do sujeito. Na terceira oração, muito intensifica o advérbio mal, que é o núcleo do adjunto adverbial de modo.
Veja o exemplo abaixo:
Amanhã voltarei de bicicleta àquela velha praça.
Os termos em destaque estão indicando as seguintes circunstâncias:
amanhã indica tempo;
de bicicleta indica meio;
àquela velha praça indica lugar.
  Sabendo que a classificação do adjunto adverbial se relaciona com a circunstância por ele expressa, os termos acima podem ser classificados, respectivamente em: adjunto adverbial de tempo, adjunto adverbial de meio e adjunto adverbial de lugar.
O adjunto adverbial pode ser expresso por:
1) Advérbio: O balão caiu longe.
2) Locução Adverbial: O balão caiu no mar.
3) Oração: Se o balão pegar fogo, avisem-me.
Observação:  nem sempre é possível apontar com precisão a circunstância expressa por um adjunto adverbial. Em alguns casos, as diferentes possibilidades de interpretação dão origem a orações sugestivas.
Por Exemplo:
Entreguei-me calorosamente àquela causa.
   É difícil precisar se calorosamente é um adjunto adverbial de modo ou de intensidade. Na verdade, parece ser uma fórmula de expressar ao mesmo tempo as duas circunstâncias. Por isso, é fundamental levar em conta o contexto em que surgem os adjuntos adverbiais.

MAIS SOBRE ADJUNTO ADVERBIAL:

O adjunto adverbial modifica o sentido do verbo, adjetivo ou advérbio, dando a ele circunstâncias de tempo, modo, lugar, intensidade, causa, fim, dúvida, etc. Os tipos mais comuns são:

Causa

O menino pulava de alegria.
A palavra "alegria" vem para modificar o sentido de "pulava", fazendo com que a ação ganhe uma causa. Não é só "pulava" e sim "pulava porque estava alegre".

Dúvida

Talvez não vá ao colégio amanhã.
"Talvez" vem para modificar o sentido do verbo ir, fazendo com que a ação torne-se duvidosa. Por um determinado motivo, pode ser que não vá ao colégio.

Intensidade

Quero muito este livro.
Completando o sentido de "querer", o ‘muito’ dá mais intensidade a ação, tornando-a um desejo forte.

Lugar

Sonho em morar na praia.
A "praia" vem não só para modificar, mas também para especificar o desejo de "morar" lá.

Modo

Tomei café da manhã às pressas.
O ato de tomar café modifica-se com este adjunto, que torna a atividade do sujeito apressada.

Negação

Ela não irá ao colégio
A negação modifica a ação anulando-a: o adjunto adverbial não anuncia que a ida ao colégio do sujeito foi anulada.

Afirmação

Certamente nós iremos.
Ao contrário da negação, aqui o adjunto confirma a ação.

Tempo

Nesta noite fará muito frio.
O adjunto, neste caso, vem para dar a noção do tempo em que a ação ocorre.

Instrumento

Atingiu-a com uma bola.
Aqui o adjunto especifica com qual objeto a ação se deu.

PREDICATIVOS: PREDICATIVO DO SUJEITO/ PREDICATIVO DO OBJETO;


a) Exprime uma característica/qualidade atribuída ao sujeito ou ao objeto.
b) Liga-se ao sujeito ou ao objeto através de verbo de ligação (claro ou subtendido)
Exemplo:
Toda a cidade estava silenciosa.
Elegeram José representante de turma.


TERMOS ACESSÓRIOS: facultativos;

-Aposto:
a) Detalha, caracteriza melhor, explica ou resume o nome a que se refere.
Exemplo: O Flamengo, time carioca, ganhou ontem.
-Vocativo:
a) Usado para "chamar" o ser com quem se fala.
b) Na escrita, vem sempre isolado por vírgula(s)
Exemplo: Era a primeira vez, meu amigo, que eu a encontrava.
-AGENTE DA PASSIVA:O agente da passiva é o termo que indica o elemento que praticou uma ação verbal quando este verbo está na voz passiva (ver Vozes do Verbo), existindo somente quando a oração trouxer a voz verbal passiva. O agente da passiva vem iniciado sempre pelas preposições por, pelo e de.
O parque foi destruído por um incêndio.
A frase, que está na voz passiva porque o sujeito o parque é paciente (sofre a ação de ser destruído), tem como agente da passiva por um incêndio, termo que não é sujeito, mas pratica a ação de destruição contra o parque.
O agente da passiva corresponde ao sujeito da voz ativa, uma vez que é o praticante da ação verbal quando temos a voz passiva.
  • Eu comprei o salgado.
  • O salgado foi comprado por mim.
Temos na primeira frase a voz ativa, onde o sujeito eu é praticante da ação do verbo comprar, sendo o salgado um objeto direto. A relação entre o sujeito da voz ativa e o agente da passiva é clara: na segunda frase o sujeito torna-se o salgado, mas o praticante da ação de compra-lo está em por mim, equivalente ao sujeito eu da primeira frase.